Resolvi fazer uma breve pausa nos posts da viagem pela Europa para contar de outra viagem que eu fiz nesse meio tempo: no final de novembro passado fui com o meu marido comemorar o aniversario de 5 anos de casamento com uma viagem rapidinha até Fortaleza! Ficamos só 3 dias na cidade e vou começar contando pelo final, que foi quando fizemos o passeio das 3 praias.
Área de preservação da natureza, não das placas
Vou começar já justificando que eu não escolheria esse passeio se tivesse mais dias na cidade (aliás, eu não escolheria ele de jeito nenhum, só fui pq o marido insistiu nele rsrs). No passeio das 3 praias são visitadas as praias de Morro Branco, Praia das Fontes e Canoa Quebrada de uma só vez. A questão é que Canoa Quebrada é super longe de Fortaleza, então você acaba passando mais tempo na estrada do que lá. O trajeto é bem cansativo, então só rola se você faz muita questão de conhecer mesmo e só tem um dia disponível (do contrário, melhor pernoitar por lá). Aliás, esse foi um grande problema que eu vi no litoral cearense – tudo é muito longe! A gente ouve falar das praias que tem por lá, acha que vai viajar até Fortaleza e conhecer tudo, só que não! Essas praias famosas não ficam em Fortaleza, ficam em outras cidades e tudo longe pra dedéu!
Bom, cientes que o objetivo era conhecer e não relaxar, partimos com o guia bem cedo para a primeira parada, Morro Branco, no município de Beberibe. Lá é onde fica o famoso labirinto das falésias de areias coloridas. A paisagem de cima das falésias é mesmo muito bonita, como dá pra ver na foto abaixo, mas se olhar um pouco mais de perto nas falésias, dá pra ver como estão todas rabiscadas. Fiquei um pouco triste de ver como a soma do vandalismo e da exploração desenfreada do turismo na região acabam com o que é o ganha pão da população do lugar. Parece que agora eles se preocupam mais com a preservação do local, mas as rochas estavam bem detonadas. Ah, e o labirinto das falésias na verdade é um caminho curtinho entre elas até a praia, não um labirinto de verdade como eu imaginava ao ouvir o nome…
Olhando de cima é lindo
Mas olhando de perto, que dó!
Da praia de Morro Branco segue-se até a Praia das Fontes, que é só uns 5 Km a frente de buggy. A praia tem esse nome devido a uma bica de água que se derrama na praia, que nós não chegamos nem perto pois estava lotada de gente e eu já perdi as contas de quantas bicas assim eu vi na minha vida. Desculpe, mas achei bem desnecessário chamar isso de ponto turístico. Nessa praia também tem uma caverna formadas nas falésias pela força das ondas, onde gravaram umas cenas da novela Tropicaliente, também devidamente lotada de turistas.
Como dá pra ver, o local é bem pouco explorado pelo turismo, só que não…
Depois voltamos a van e seguimos até a praia de Canoa Quebrada, que fica no município de Aracati. Almoçamos no restaurante indicado pelo guia, a Barraca da Lua, que fica bem em cima da falésia, com uma vista incrível para o mar. Depois do almoço podíamos ficar ali curtindo a praia, mas já que já estávamos com o pé na jaca mesmo, pegamos um buggy para conhecer outros pontos de Canoa Quebrada (e ficar um pouco mais quebrados!). Com o buggy, fomos até o símbolo de Canoa Quebrada (esculpido na falésia, preservação ambiental mandando um beijo!), fizemos um passeio com emoçãozinha nas dunas e fomos em uma lagoa de água doce no meio das dunas onde fizemos tirolesa.
Tirolesa nas dunas
E aí já era final da tarde e pegamos a van para mais 2 horas e meia de estrada de volta a Fortaleza. Se eu fosse voltar, acho que tentaria ficar mais tempo em Canoa Quebrada. Praia das Fontes é totalmente dispensável e Morro Branco vale a foto, mas eu não voltaria. Mas se eu voltar algum dia ao Ceará, provavelmente vou para o outro lado do litoral, para Jericoacoara – que deve ser lindo mas é mais longe ainda! Exige um certo planejamento logístico ir para lá! rs
Então, sabendo que o passeio das 3 Praias é um passeio corrido, não pra relaxar e curtir praia, eu não achei tão ruim assim de fazer como falam não. Acho que vale a pena sim para conhecer – afinal praia é praia né? Mar também tem aqui em São Paulo, a graça é ver o que elas tem de diferente entre si.
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